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BANDA PLACA ESTARÁ COMEMORANDO NO DIA 23 DE JANEIRO DE 2016
246 ANOS DE FUNDAÇÃO DA VILA DE MAZAGÃO VELHO
A cultura da Vila de Mazagão Velho, vive hoje uma época, com
muito destaque para as suas festas tradicionais de batuque, apresentadas em
calendário religioso e cultural como: Nossa Senhora da
Piedade, Nossa Senhora da Luz e Nossa
Senhora do Rosário.
No dia 23 de janeiro de 2016, estaremos apresentado o 1º ENCONTRO DE e “BLOCOS PARAFOLCLÓRICOS”, que tem
como principal objetivo formar inicialmente dois blocos “AMASSADOR” e o
“REPINIQUE”, que estarão representando dois instrumentos musicais que fazem
parte do tradicional Batuque, formando
grupos e brincantes que desejam festejar e dançar o Batuque, sem necessariamente manter as obrigações das
manifestações religiosas. Mas mantendo a consciência da valorização e divulgação de
valores culturais como forma de contribuir para a preservação da identidade
cultural das comunidades que fazem parte do Município de Mazagão
O projeto Avença é uma proposta
de divulgação e valorização da diversidade cultural no estado do Amapá. O comprometimento desafiador
da Banda Placa é interagir com as novas
gerações fortalecendo com entusiasmo um caminho já percorrido pela nossa
ancestralidade que precisa ser mantido e valorizado, buscamos através dos shows
ações coletivas entre a Banda Placa, Escola, Alunos e comunidades com o comprometimento de estabelecer relações e diálogos que tratem da
herança cultural do índio e do negro, mantenedores de uma cultura considerada milenar, mestres, fazedores de cultura,
contadores de histórias, causos, e outros.
Entender a nossa
complexidade cultural é poder refletir uma proposta tucujú para um programa de
cultura na formulação e implementação de políticas públicas na educação
amapaense.
O projeto AVENÇA, é uma
abertura importante de levar a várias escolas e
comunidades as experiências da Banda Placa dos trabalhos e pesquisas
realizadas por longos anos, com premiações em editais públicos. Promovendo
palestras exposições e oficinas.
A Banda Placa já iniciou os contatos com várias escolas estaduais e municipais para a realização do projeto Avença.
1 - Escola Estadual Dr. Coaracy Nunes.
2 - Escola Municipal Josafá Ayres
3 - Escola estadual Castelo Branco
4 - Comunidade do Torrão do Matapi
5 - Comunidade da Vila de Mazagão Velho
6 - Secretaria de cultura do Município de Ferreira Gomes
Todos os shows e programações do projeto serão realizados no segundo semestre de 2014
2 - Escola Municipal Josafá Ayres
3 - Escola estadual Castelo Branco
4 - Comunidade do Torrão do Matapi
5 - Comunidade da Vila de Mazagão Velho
6 - Secretaria de cultura do Município de Ferreira Gomes
Todos os shows e programações do projeto serão realizados no segundo semestre de 2014
Sinopse das músicas:
IRÁ AYÊ
É uma composição do músico e
baixista da Banda Placa, Alan Gomes, que ousou em compartilhar conosco uma obra
que trás a participação de um ícone da cultura amapaense, conhecido como Manoel Caldo, morador do Quilombo do Curiaú, onde o mesmo,
canta em alguns trechos da música o batuque Marcolina, A música Irá Ayê, que quer
dizer “Mel da Vida”, é uma proposta de trazer algumas expressões indígenas não
como resgate, mas sim como uma forma de preservar a nossa ancestralidade,
incentivando o acesso através das pesquisas da Banda Placa.
A criatividade e a
capacidade foram elementos
imprescindíveis do músico Alan Gomes que manteve aberta uma linguagem na
construção de usar novas tecnologias
para manter em destaque particularidades da nossa cultura, como contadores de
histórias, causos, mestres e mantenedores da cultura negra e indígena. Os
arranjos foram cuidadosamente montados a partir de conhecimentos e experiências
culturais vivenciadas dentro de nossas comunidades de matrizes africanas.
MARQUÊS DE BONFÁ
Marquês de Bonfá, é uma música
composta por Álvaro e Carlitão em homenagem ao jornalista Bonfim Salgado que sempre se declarou fã e amigo da Banda Placa,
era um grande admirador da música amapaense. Tinha com os irmãos Álvaro e Carlitão
um relacionamento muito bom. Faleceu no dia 12/03/2012, aos 63 anos de idade, o
estado do Amapá perdeu um grande amante da cultura amapaense.
José Antônio Bonfim Salgado, nasceu no
município de Amapá, no dia 29 de
novembro de 1948.
Em 1968 já
participava de movimento estudantil, foi militante político do partido ARENA,
na época do primeiro governador do Território Federal do Amapá, Janary Gentil
Nunes.
Era um
excelente jornalista, apresentou na extinta Rádio Educadora São José de Macapá,
Fatos, Boatos e Vice-Versa. Bem mais recente chegou a participar do movimento Poesia na Boca da
Noite, juntamente com seus outros amigos(as), Alcinéia Cavalcante, Professor
Antonio Munhoz Lopes, César Bernardo. Em sua coluna no jornal Diário do Amapá,
sempre foi contundente em suas críticas e elogios, falava sempre o que
considerava verdadeiro.
VARAS DOURADAS
Varas Douradas é uma
música que reúne vários elementos (Alvorada, Marabaixo de Ladrão, de cortejo e
o Hino do Divino Espírito Santo), que fazem parte da Festa do Divino, que teve sua origem baseada na libertação dos
escravos, homenageando a princesa Izabel, justificando que a mesma haveria recebido o Divino Espírito Santo,
para então assinar a leia Áurea, essa festa está diretamente ligada às
religiões afro-brasileiras, com uma tradição que existe desde a data de
fundação da Vila de Mazagão Velho em 23
de janeiro de 1770, com 244 anos de encenações representando a coroação da
imperatriz, uma de suas particularidades, é executada com um grupo de meninas, chamado império,
(as empregadas do divino), que são em número de 12. Essas meninas são vestidas com trajes de
nobres em cor branca e tratadas como tais durante os dias da festa, com todas
as regalias. O império se estrutura de acordo com uma hierarquia no topo da
qual esta a imperatriz (rainha), A cada ano, ao final da festa, no dia
24/agosto, em uma sede é realizado o sorteio das meninas que irão desempenhar os seus novos
personagens na Festa do Divino, a imperatriz repassa seus cargos às
empregadas que os ocuparão no ano
seguinte, recomeçando o ciclo da Festa do Divino Espírito Santo. A necessidade
de manterem suas memórias e tradições é fundamental para a preservação da
identidade cultural da Vila de Mazagão Velho.
NA LEVADA DO BOLÃO
Na Levada do Bolão, é uma composição de
Carlitão/Álvaro, que traz a proposta do batuque único no estado do Amapá, com a
execução de dois tambores (amassador e dobrador, e mais 3 pandeiros, que faz o
diferencial da manifestação cultural do Curiaú), é uma homenagem justa e
merecida ao Grupo Folclórico “ Raízes do Bolão “.
O grupo Folclórico Raízes do
Bolão, foi fundado no dia 26 de julho de 1999, com o objetivo de divulgar a
cultura amapaense (Batuque e Marabaixo).
O grupo recebeu este nome, para homenagear
ainda em vida o patriarca da família Santos, o Sr. Maximiano Machado dos
Santos, conhecido popularmente como “Bolão”, sendo que a idéia desta homenagem
foi de uma grande amiga da família, Maria das Dores, conhecida como Drica.
A primeira apresentação do grupo foi para a Diocése de Macapá, desde então o grupo Folclórico Raízes do Bolão não parou mais.
A primeira apresentação do grupo foi para a Diocése de Macapá, desde então o grupo Folclórico Raízes do Bolão não parou mais.
Através do grupo folclórico Raízes do
Bolão a cultura amapaense já foi divulgada para vários estados brasileiros
como: Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília... e fora do País como Caiena e
Alemanha, em 2013, o grupo participou do projeto do Sesc Nacional (Sonora
Brasil), não podendo esquecer que o grupo também divulga a cultura pelos
Municípios do Estado do Amapá.
O grupo Folclórico Raízes do Bolão realiza
03 (três) festas religiosas todos os anos, sendo elas:
1ª... Festa de Santo Expedito.....
19/abril
2ª... Festa de São Joaquim.........
09/agosto
3ª... Festa de Guadalupe............
12/dezembro
A sede do grupo esta localizada na Rodovia
do Curiaú
nº 1517; Quilombo do Curiaú.
TAMBORES
A música Tambores foi a primeira composição feita e inspirada na
comunidade da Vila de Mazagão Velho, foi um marco no começo de
um trabalho árduo e ao
mesmo tempo, emocionante. Atendendo um
convite de um grande amigo “ Juvenal
Canto”, para um evento chamado a festa do Divino Espírito Santo, em 24 de
agosto(domingo) de 1997 (MARABAIXO DE RUA), em Mazagão Velho.
Foi o nosso primeiro contato com aquela comunidade, chegando lá, tivemos uma sensação diferente, foi um momento um tanto quanto mágico. De posse de uma filmadora, começamos a registrar todos os momentos de perto, iniciamos pela casa do Lino, estava eu (Carlitão) e o Bebeto Nandes, vendo aquele povo nas casas, nas ruas, cantando e dançando aquelas músicas de marabaixo, algo emocionante, assistindo e sentindo as expressões de rostos, corpos flutuando ao som de uma melodia de lamento misturado com euforia, mas que tinha um significado de vida e liberdade. Observando todos os acontecimentos, algo me deixou curioso, vendo um senhor magro de cabeça branca que se manifestava cantando e dançando muito diferente, com um olhar distante como se estivesse querendo me dizer alguma coisa, achei aquelas expressões marcantes. Acredito que ele conseguiu chamar a minha atenção. Chegando em casa depois de assistir tudo aquilo, escrevi uma letra com o título ( Tambores ) me inspirando naquele senhor o qual eu também não sabia o seu nome, dias depois mostrei ao meu irmão (Álvaro), guitarrista e arranjador da Banda Placa, que acabou fazendo uma linda melodia, que resultou numa canção dedicada à Vila de Mazagão Velho. Por coincidência no dia 31/agosto/1997, voltamos à Vila de Mazagão Velho, estivemos reunidos na casa de seu Acendino Jacarandá, e lá estava aquele senhor de cabeça branca, chamado Biló Nunes, que foi o grande causador de todo esse trabalho da Banda Placa dentro da Vila de Mazagão Velho.
Foi o nosso primeiro contato com aquela comunidade, chegando lá, tivemos uma sensação diferente, foi um momento um tanto quanto mágico. De posse de uma filmadora, começamos a registrar todos os momentos de perto, iniciamos pela casa do Lino, estava eu (Carlitão) e o Bebeto Nandes, vendo aquele povo nas casas, nas ruas, cantando e dançando aquelas músicas de marabaixo, algo emocionante, assistindo e sentindo as expressões de rostos, corpos flutuando ao som de uma melodia de lamento misturado com euforia, mas que tinha um significado de vida e liberdade. Observando todos os acontecimentos, algo me deixou curioso, vendo um senhor magro de cabeça branca que se manifestava cantando e dançando muito diferente, com um olhar distante como se estivesse querendo me dizer alguma coisa, achei aquelas expressões marcantes. Acredito que ele conseguiu chamar a minha atenção. Chegando em casa depois de assistir tudo aquilo, escrevi uma letra com o título ( Tambores ) me inspirando naquele senhor o qual eu também não sabia o seu nome, dias depois mostrei ao meu irmão (Álvaro), guitarrista e arranjador da Banda Placa, que acabou fazendo uma linda melodia, que resultou numa canção dedicada à Vila de Mazagão Velho. Por coincidência no dia 31/agosto/1997, voltamos à Vila de Mazagão Velho, estivemos reunidos na casa de seu Acendino Jacarandá, e lá estava aquele senhor de cabeça branca, chamado Biló Nunes, que foi o grande causador de todo esse trabalho da Banda Placa dentro da Vila de Mazagão Velho.
BATALHA ENTRE MOUROS E CRISTÃOS
É uma composição do músico e arranjador
Álvaro Gomes, guitarrista da Banda Placa,
que inspirou-se na Festa de São Tiago, que acontece na comunidade da Vila de
Mazagão Velho, mais conhecida como Batalha entre Mouros e Cristãos. Evidenciando
os toques das caixas(cabanas) através de registros em partituras, na Folia de São Tiago bem como na dança do vomine,
A proposta de Álvaro Gomes é o
reconhecimento e a necessidade de fazer um registro numa perspectiva histórica
sobre o grande acontecimento, onde a própria comunidade mantenedora uma tradicional manifestação cultural ainda não possuía os referidos registros, a iniciativa do músico representa uma linha de
continuidade na construção e na identidade das manifestações e da diversidade
cultural do povo da Vila de Mazagão Velho, que são herdeiros de tradições
mantidas por outras gerações influenciadas por portugueses e negros.
A festa tem sua origem na lenda que conta o
aparecimento de São Tiago como anônimo soldado que lutou heroicamente com os
mouros.
Desde a conquista das terras africanas,
os lusitanos fervorosos católicos, tentaram obrigar os muçulmanos a se tornarem
cristãos e aceitar a fé em cristo e o batismo de sua religião. Isso provocou
descontentamento nos seguidores de Maomé, que mais tarde declararam guerra aos
cristãos, liderados na época por Jorge e Tiago.
Durante vários dias ocorreram batalhas com
grande vantagem para os lusitanos, que resistiram aos ataques dos mouros.
Estes, chefiados pelo Rei Caldeira, vendo que não venceriam seus adversários,
armaram uma cilada que consistia em pedir o fim da guerra e entregar aos
capitães cristãos presentes em forma de iguarias.